sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Helena Petrovna Blavatsky

Durante o último terço do século XIX, uma mulher notável e excêntrica ajudou a redespertar os hindus para sua herança espiritual e fez com que a espiritualidade oriental ficasse extremamente popular nos Estados Unidos e na Europa Ocidental. Helena de Hahn nasceu em Ekaterinoslav, na Ucrânia, em 1831. Seu pai era um importante aristocrata e a mãe, uma romancista de sucesso. Em 1849, Helena se casou com Nikifor Blavatsky, vice-governador de uma cidade da Armênia russa. Ela o abandonou antes da lua-de-mel terminar e foi sozinha para Constantinopla. Passou os 24 anos seguintes viajando constantemente. Foi para a Inglaterra, Estados Unidos, Índia, sul da Rússia e Monte Cáucaso. Sua alegação mais controversa e que nunca foi verificada, é de que ela viveu no Tibete, onde foi iniciada em linhagens religiosas secretas. Em 1873, foi para a cidade de Nova York, onde conheceu Henry Steel Olcott (1832-1907), jornalista interessado pelo oculto. Em 17 de novembro de 1875, os dois fundaram a Sociedade Teosófica, um movimento religioso que rejeitava as doutrinas judaico-cristã e islâmicas tradicionais e enfatizava a espiritualidade oriental da Índia, bem como o ocultismo e a egiptologia. Embora tivesse pouca formação escolar, Madame Blavatsky (como costumava ser chamada) era uma escritora formidável. Publicou Isis Sem Véu, em 1877, e A Doutrina Secreta, em 1888. Os dois livros receberam grandes elogios de seus seguidores e algumas duras críticas de outros grupos. Seus críticos reclamavam que, embora os livros demonstrassem um considerável conhecimento da espiritualidade oriental, eles não ofereciam uma fórmula para o leitor seguir em sua própria busca espiritual. Helena e Henry Olcott deixaram os Estados Unidos em 1879, seguindo para a Índia. Estabeleceram-se em Bombaim e, em 1882, compraram uma fazenda em Adyar, próximo a Madras. Nessa propriedade, os dois dedicaram-se a um projeto para redespertar os hindus para sua própria herança espiritual, fato que naturalmente, lhes trouxe tanto elogios quanto críticas. Em 1885 Helena Blavatsky partiu para a Europa, porém Olcott continuou o trabalho na Índia. Helena morreu em Londres, em 1891. O jornal The New York Daily Tribune a homenageou da seguinte maneira: ”Ninguém da geração atual, pode-se dizer, fez mais em prol da reabertura dos tesouros, há muito trancados, do pensamento, sabedoria e filosofia orientais.” No final do século XIX, a liderança do movimento teosófico da Índia passou para Annie Besant (1847-1933). Sob seu comando, o movimento continuou o redespertar do espiritualismo hindu iniciado por Blavatsky e estabeleceu instituições de ensino que enfatizavam o currículo teosófico.

Fonte: http://www.ahistoria.com.br

Aranauam

Nenhum comentário:

Postar um comentário