terça-feira, 19 de novembro de 2013

Chegando no céu

Um homem muito rico morreu e foi recebido no céu. O anjo guardião levou-o por várias alamedas e foi lhe mostrando as moradias que ali existiam. Passaram por uma linda casa com belos jardins. O homem, admirado, perguntou: - “Que linda casa, quem mora aí?” O anjo respondeu: - “É o Raimundo, aquele seu motorista que morreu no ano passado.” O homem ficou pensando: Puxa! Se o Raimundo tem uma casa dessas, aqui deve ser muito bom! Logo a seguir, surgiu outra casa, muito mais bonita, e ele perguntou mais admirado ainda: - “E aqui, quem mora?” O anjo respondeu: - “Aqui é a casa da Rosalina, aquela que foi sua cozinheira.” O homem ficou imaginando que se seus empregados tinham lindas casas, a sua seria, no mínimo, um palácio, e estava ansioso por vê-la. Nisso, o anjo parou diante de um barraco construído com tábuas e disse: - “Esta é a sua casa.” O homem ficou indignado: - “Como é possível? Vocês sabem construir coisa muito melhor!” O anjo respondeu: - “Sabemos, mas nós apenas construímos a casa. O material é selecionado e enviado por vocês mesmos. Você só enviou isso!”
Cada gesto de amor e partilha com o próximo é um tijolo com o qual construímos a nossa casa na eternidade. Tudo se decide por aqui mesmo, nas escolhas e atitudes que você faz todo dia. Por isso, é importante nós repensarmos a respeito de nossos valores, atitudes e ações, para que mais tarde não soframos as consequências de nossos erros. Contribua com o melhor material para erguer sua casa. Depende só de você! Assim sendo, mãos à obra e comece sendo feliz, muito feliz! (autor desconhecido)

Fonte:  Salve o Planeta - Facebook

Aranauam

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

ORAÇÃO DA SENHORA DA LUZ VELADA!

Oh Senhora da Luz Velada! UMBANDA DE TODOS NÓS! Que acolhes em teu seio as lágrimas e os gemidos dos desesperados e aflitos de todos os planos. Oh, tu que revelas em tua própria luz a dor nascente das causas e efeitos! Em súplica vibramos nossos pensamentos através de tua grande lei e pedimos a teus Orixás, Guias e Protetores, Irmãos que não mais resgatam na penumbra da forma, interceder por nós aos pés da cruz do meigo Oxalá, imploramos ainda , por intermédiodeles, aos Sete Espíritos de Deus, derramarem sobre as dores, o conforto de suas vibrações originais. E dê-nos sempre esta luz-forçaque pedimos e sentimos. Quando na simplicidade de nossos congás, um humilde Pai Preto nos fala de Zambi, Estrela Guia, amor e perdão. Recebe portanto, oh Senhora da Banda, a soma das nossas ações que pesam na balança de nossos renascimentos desde as noites da eternidade.

Aranauam

domingo, 17 de novembro de 2013

O “ponto Deus” no cérebro




BASE BIOLÓGICA DA ESPIRITUALIDADE
Leonardo Boff

Notamos hoje em todas as partes do mundo uma grande efervescência religiosa. Depois de difamada, perseguida e condenada ao desaparecimento por modernas ideologias negadoras de Deus e da transcendência, desde o iluminismo e culminando no marxismo, a religião a tudo resistiu e agora marca o seu retorno vigoroso. E ele não é isento de ambiguidades que devem ser criticadas, mas o fenômeno é inegável. Parece que os seres humanos se cansaram de bens materiais, exaltados pela propaganda e também pelo excesso de racionalidade que domina todos os âmbitos de nossa cultura e de nossas profissões.

Já se falou belamente que o ser humano é possuído por duas fomes: a de pão, que é saciável, e a de beleza, de transcendência e do sagrado, que é insaciável. É nesta segunda fome que se situa a religião e todos os caminhos espirituais. Eles surgiram na história e sempre de novo se atualizam na perspectiva de atender a esta fome insaciável.

Nos dias atuais a dimensão espiritual e religiosa ganhou um reforço considerável, vindo do mundo das ciências da vida. Ela não é algo que se restringe às instituições religiosas e é entregue à mera escolha humana. Nem as religiões detêm o seu monopólio. O espiritual e até o místico possuem uma básica biológica. Por isso estão presentes em todos os seres humanos. Negados ou afirmados, eles sempre estão lá porque pertencem à nossa constituição enquanto humanos. É o que os cientistas chamaram de “ponto Deus” no cérebro.

Ele é algo permanente em nós e está sempre atuando quando buscamos o sentido da vida, quando temos uma experiência de amor, de solidariedade, de profunda paz e de comunhão com todas as coisas. É ele que nos faz entrar em diálogo orante com Deus.

As religiões do mundo são formas de expressar por ritos, comportamentos e doutrinas este “ponto Deus”. Todas têm este “algo” em comum. Mas as expressões variam conforme as culturas. Tomar a sério o “ponto Deus” no cérebro nos permite ver a unidade de fundo de todas as religiões, além de suas legítimas diferenças.

Tal constatação nos permite valorar toda essa onda de misticismo e de religiosidade que perpassa nossa cultura e inunda os meios de comunicação de massa, como as rádios e os canais de televisão. Ela nos oferece instrumentos para espiritualizarmos nossas vidas para além daquilo que as religiões e igrejas constituídas possam nos oferecer. Vamos oferecer os principais dados dessa nova visão científica.

É notório que uma frente avançada das ciências hoje é o estudo do cérebro e de suas múltiplas inteligências. Alcançaram-se resultados relevantes para entendermos o fenômeno referido anteriormente.

Nesses estudos enfatizam-se três tipos de inteligência. A primeira é a inteligência intelectual, o famoso QI (Quociente de inteligência) ao qual se deu tanta importância durante todo o século XX. É a inteligência analítica pela qual elaboramos conceitos e fazemos ciência. Por ela organizamos o mundo, os Estados, as empresas, todo tipo de burocracias e solucionamos problemas objetivos.

A segunda é a inteligência emocional, popularizada especialmente pelo professor de Harvard, o psicólogo e neurocientista David Goleman, com seu conhecido livro A Inteligência emocional (QE = Quociente emocional). Empiricamente, ele mostrou o que era convicção de toda uma tradição de pensadores, desde Platão, passando por Santo Agostinho e São Boaventura e culminando em Freud: a estrutura de base do ser humano não é a razão (logos), mas, sim, a emoção (pathos). Somos, fundamentalmente, seres de paixão, empatia, compaixão e amorosidade. Só quando combinamos QI com QE é que nos mobilizamos de fato.

A terceira é a inteligência espiritual. Seu reconhecimento, com características científicas, deriva de pesquisas muito recentes, a partir de 1990, feitas por neurologistas, neuropsicólogos, neurolinguistas e técnicos em magnetoencefalografia (que estudam os campos magnéticos e elétricos do cérebro). Segundo esses cientistas, existe em nós, empiricamente verificável, outro tipo de inteligência − a espiritual (QEs = Quociente espiritual). Por meio dela captamos os contextos maiores de nossa vida, criativamente rompemos limites, percebemos unidades e nos sentimos inseridos no Todo, tornando-nos sensíveis a valores, a questões do sentido da vida e a temas ligados a Deus e à transcendência.

Essa consciência possui sua base biológica nos neurônios. Constatou-se que todos os neurônios implicados em uma experiência consciente oscilam coerentemente a 40 hertz. Quando os lobos temporais do cérebro são submetidos a uma excitação que aumenta essa frequência, eles desencadeiam uma experiência espiritual de exaltação, de imensa alegria e de beatitude como quem está diante de uma Presença.

Observou-se que sempre que se abordam temas religiosos, Deus ou valores que concernem o sentido profundo das coisas, não superficialmente, mas em um envolvimento sincero e profundo, produz-se excitação que vai muito além do normais 40 hertz.

Por essa razão, neurobiólogos como Persinger e Ramachandran e a física quântica Danah Zohar batizaram essa região dos lobos temporais de o “ponto Deus” (veja o livro de Danah Zohar e Ian Marshall, QS: inteligência espiritual, 2a edição: Rio de Janeiro, Editora Record, 2003). Outros preferem falar da “mente mística” (mystical mind). A existência deste “ponto Deus” representa uma vantagem evolutiva de nossa espécie “homo sapiens”. Só ela seria depositária dessa qualidade neuronal pela qual captamos a presença de Deus no Universo.

Não significa que Deus esteja apenas nesse ponto dos neurônios. Deus empapa toda a realidade. Mas o “ponto Deus” é um órgão interno pelo qual percebemos a presença de Deus em todas as coisas e em nós. Assim como a evolução caminhou de tal forma a produzir em nós os vários órgãos − os olhos para ver, o olfato para captar os odores, os ouvidos para ouvir, o tato para sentir, a boca para comer e falar −, e com todos eles internalizarmos o universo para dentro de nós, ela também criou essa capacidade interna que nos abre o acesso a Deus.

Se assim é, podemos dizer, em termos do processo evolucionário: o Universo evoluiu, em bilhões de anos, até produzir no cérebro humano o instrumento pelo qual é possível captar a Presença de Deus que sempre estava no Universo, embora não percebível por faltar uma consciência adequada. A espiritualidade pertence ao humano e não é monopólio das religiões. Antes, as religiões são traduções históricas do “ponto Deus”.

Mas não basta constatar o “ponto Deus” no cérebro. Como todas as coisas vivas, deve ser alimentado e continuamente ativado. Isso se faz, antes de tudo, voltando-nos para dentro de nós mesmos e dialogando com o nosso Centro e com o Profundo que existe em nós. Esse diálogo leva a auscultar mensagens que a consciência envia – mensagens de solidariedade, de amor, de compreensão, de perdão e de cuidado com todas as coisas. Essa atitude gera serenidade e paz e confere sentido à existência. Ela é uma irradiação do “ponto Deus” ativado. Nossa cultura não facilita esse mergulho ao interior. Nela tudo é dirigido para fora, ocupando a mente e distraindo-a para que não se encontre com ela mesma. Em seguida, é da natureza do “ponto Deus” nos abrir a dimensões cada vez mais amplas, nos fazer ver os contextos maiores de nossa vida e nos permitir descobrir o fio condutor que liga e religa todas as coisas. Só assim elas fazem sentido e não constituem apenas uma sequência aleatória de sentimentos e sensações superficiais.

O “ponto Deus” nos ajuda a alimentar a relutância em fazer o mal e nos reforça na realização do bem e de todo tipo de valores, especialmente aqueles que implicam abertura ao outro, à proteção da vida – particularmente daquela mais vulnerável –, à compaixão, ao perdão e ao amor incondicional.

Por fim, devemos incorporar uma atitude orante e meditativa. Isso significa: importa colocarmo-nos diante de Deus, não como quem está à borda de um abismo aterrador, mas na companhia de um pai ou de uma mãe de bondade, sentindo-nos aconchegados como uma criança que se percebe na palma da mão de Deus. Então podemos falar-lhe com confiança, agradecê-lo por tantos dons, suplicar-lhe luz para nossas buscas ou simplesmente entregarmo-nos a Ele sem qualquer palavra, em um silêncio pleno de sua presença.

Permito-me dizer que eu mesmo desenvolvi um caminho, baseado na tradição dos cristãos do século II do norte do Egito, que combina também com os métodos do zen-budismo. Chamei-o de “caminho da simplicidade”. Trata-se de abrir-se à Luz que vem do Alto. Ela incide sobre nossa cabeça, penetra todo nosso corpo, ativando os pontos de concentração de energia que os orientais chamam de “chacras”, perpassa por cada poro de nosso ser, transfigurando, aliviando, curando e abrindo-nos à Luz Beatíssima que é o Espírito Santo, como o chama o hino litúrgico de Pentecostes (veja o livro de minha autoria, Meditação da luz: o caminho da simplicidade, da Editora Vozes, São Paulo, 2009).

O efeito dessa ativação do “ponto Deus” é uma paz profunda que só pode vir de Deus, pois nos integra conosco mesmo, nos sintoniza com o nosso coração, nos abre aos outros e ao próprio Deus. Hoje, mais do que nunca, precisamos dessa espiri-tualidade para fazermos uma travessia feliz em um tempo tão carregado de contradições, conflitos e ameaças à vida humana e à Terra, nossa Casa Comum.



Leonardo Boff


Aranauam

A Demonização de Exu Dentro da Umbanda

Já é assunto conhecido a “Demonização de Exu” por parte da Cristandade Católica, que fez o mesmo processo com outras várias divindades consideradas pagãs, com destaque para aquelas que fogem do modelo racional/apolíneo, como Pã, Hermes e Dionísio (cultura grega), Fauno (Romano), Cernununos (Celta), Shiva (Hindu) e Aluvaiá, Elegbara, Exu (Afro).


A Igreja construiu um demônio com “retalhos” e paramentos das divindades que tem seu culto na natureza. Até hoje herdamos preconceito decorrente deste fato, no entanto poucos sabem que de dentro da Umbanda também se produziu material colocando e comparando Exu com “diabo”, “demônios” e outras forças e conceitos negativos.


Podemos dizer que Aluízio Fontenele, autor umbandista da década de 1950, tem uma parcela de responsabilidade pelo que podemos chamar de “Demonização de Exu” realizada dentro da Umbanda.


Não sabemos a data exata de publicação de seus títulos, na capa dos três livros que tive acesso há uma foto do autor autografada com data de 1951, aparece também sua data de morte em 1952. Faço crer que as primeiras edições destes títulos ocorreram no final da década de 40 ou mais tardar logo em 1950, pois caso contrário não daria tempo de fazer comentário de um titulo já publicado no outro sendo editado, o que verificamos no título EXU ao qual temos acesso à sua segunda edição com data de 1954.


Aluízio Fontenele tem uma postura dura e critica na sua forma de expressar a Umbanda. Apresenta influencias diversas com ênfase para hinduísmo, teosofia, cabala e alta magia europeia. Ressalta a existência de um aspecto esotérico, fechado e oculto, em todas as religiões, propondo a busca pelos “reais fundamentos” da Umbanda em seu aspecto esotérico.


Apresenta as Sete Linhas de Umbanda e suas Legiões por meio do modelo criado por Lourenço Braga (Umbanda e Quimbanda, 1942). No entanto é justamente com relação a Exu que este autor irá inovar e tornar-se um dos escritores mais copiados e mal compreendido na religião.


A busca pela “Umbanda Esotérica e Iniciática” o levou, assim como a outros umbandistas, a buscar o “supra sumo” da religião em outras culturas. Aluízio Fontenele é o primeiro autor a comparar os exus de Umbanda com os demônios da Goécia, “Magia Negra” europeia. Se por um lado ele teve intenção de elevar o padrão intelectual da religião, por outro deu inicio a uma “demonização” do exu de dentro para fora, como se já não basta-se a externa. Ou seja atribuiu aos tão conhecidos nomes de exus em suas populares falanges, nomes tão ou mais conhecidos na “Magia Negra”.


Desta forma Aluízio Fontenelle foi o primeiro autor umbandista a relacionar os nomes de exus de umbanda com nomes da “Magia Negativa” (Magia Negra) europeia. Foi copiado ou simplesmente serviu deinspiração para autores como Decelso, Antônio de Alva, José Maria Bittencourt, N. A. Molina e tantos outros autores posteriores a adotar este sincretismo entre Umbanda, Quimbanda e Goécia (“Magia Negra” – Magia Negativa). Claro que há contribuições positivas e negativas por parte de todos os autores, no entanto a partir do momento que identificamos exus como “demônios” ou “pretensos demônios”, em seu sentido popular de ser, nós mesmos estamos dando lenha para aquecer a fogueira da discriminação e do preconceito. Suas tabelas e relação foi largamente usada pela “Quimbanda” brasileira.


Vejamos algumas passagens do título de Aluízio Fontenele, EXU, (sd., Rio de Janeiro, Ed. Espiritualista):


AO LEITOR


Esta é mais uma obra espírita, baseada nos rituais que se praticam no culto das diversas modalidades do espiritismo, não só no que diz respeito às praticas da Magia, como também em tudo o que se faz, no tocante a evocação dos Gênios do Mal, que muitos que se dizem conhecedores , erram lamentavelmente.


As entidades espirituais que dirigiram em grande parte a confecção deste trabalho, e que autorizaram a sua publicação e expansão através dos quatro pontos cardeais, pediram-me que torna-se público, deixando bem patente, a seguinte exortação:


Por se tratar de uma obra que se define de um modo claro e insofismável toda a atuação das entidades do Mal que se denominam Exus, os quais são imprescindíveis em qualquer terreno espiritual através da existência humana, é necessário exortar a todos quantos deste livro pretenderem tomar conhecimento, que tenham bastante cuidado na apreciação da matéria que nele está encerrada , por motivos especiais, os quais, se não forem devidamente compreendidos, trarão certamente grandes prejuízos aqueles que inconscientemente usarem dos ensinamentos desta obra, que é um verdadeiro “Vade-mécum” sobre tudo quanto se pratica no que concerne à MAGIA NEGRA utilizada pelos EXUS.


Quero ainda, desobrigar-me de toda e qualquer responsabilidade sobre a interpretação errônea das pessoas de pouco conhecimento do assunto, pretendem utilizar-se deste livro para a prática do mal...


Cuidado com o POVO DE EXU, porque ele tanto serve para o bem, como serve para o mal. (grifo nosso)...


“A Umbanda tem fundamento, e fundamento na Umbanda, tem mironga.” (pp.11-13)


[...] a Umbanda nasceu da Quimbanda, isto é: a Umbanda foi criada pelo astral superior, a fim de combater a Quimbanda...


A ENTIDADE MÁXIMA DO MAL. LÚCIFER O ANJO BELO


A Entidade Máxima, denomina-se “MAIORAL”, tendo ainda outros denominativos, tais como: Lúcifer, Diabo, Satanás, Capeta, Tinhoso, etc., etc., sendo que nas Umbandas é mais conhecido com o nome de “EXU REI”.


Apresenta-se como figura de altos conhecimentos, tratando-nos com uma grande elevação de sociabilidade prometendo-nos este mundo e o outro, exigindo tão somente que por nós, seja tratado por: MAJESTADE.


Raramente vem a um terreiro, preferindo apenas aproximar-se dos lugares onde se professe altos estudos de MAGIA ASTRAL...


[...] Tem o Maioral bem como as demais Entidades, o seu ponto ou pontos riscados, sendo que o principal é de origem ESOTÉRICA, o qual a seguir, divulgarei...






Nesta obra de Aluízio Fontenele vamos encontrar uma Trindade que está acima de todas as demais entidades, o Maioral se manifesta em três pessoas: Lúcifer, Belzebuth e Aschtaroth, que são na sua opinião Exu Rei, Exu Mor e Exu Rei das Sete Encruzilhadas. Apenas para termos uma idéia das relações do nomes e sincretismo estabelecido por ele coloco abaixo alguns destes nomes a título de curiosidade e estudo, embora não concorde com a evocação dos mesmos, já que a cada nome da Goécia ou Magia Negra Européia está relacionada uma egrégora astral afim.


Lúcifer tem como assistentes Put Satanakia (Exu Marabô) e Agalieraps (Exu mangueira).


Belzebuth tem como assistentes Tarchimache (Exu Tranca Ruas) e Fleruty (Exu Tiriri).


Aschtaroth tem como assistentes Sagathana (Exu Veludo) e Nesbiros (Exu dos Rios).


Klepoth é o nome de “Exu Pomba Gira”, a mulher de 7 Exus.


Syrach ou Exu Calunga comanda dezoito exus:


Bechard – Exu dos Ventos


Frimost – Exu Quebra Galho


Klepoth – Exu Pomba Gira


Khil – Exu das 7 Cachoeiras


Merifild – Exu das Sete Cruzes


Clistheret – Exu Tronqueira


Silcharde – Exu das Sete Poeiras


Ségal – Exu Gira Mundo


Hicpasth – Exu das Matas


Humots – Exu das Sete Pedras


Frucissiére – Exu dos Cemitérios


Guland – Exu Morcego


Surgat – Exu das Sete Portas


Morail – Exu da Sombra ou 7 Sombras


Frutimière – Exu Tranca Tudo


Claunech – Exu da Pedra Negra


Musifin – Exu da Capa Preta


Huictogaras – Exu Marabá


Sobre as ordens de OMULU trabalham Sergulath (Exu Caveira) e Hael (Exu da Meia Noite).


Sob o comando de Sergulath (Exu Caveira) trabalham mais 7 exus:


Proculo – Exu Tatá Caveira


Haristum – Exu Brasa


Brulefer – Exu Pemba


Pentagnoni – Exu Maré


Sidragosum – Exu Carangola


Minosum – Exu Arranca-toco


Bucons – Exu Pagão


Sob o comando de Hael (Exu da Meia Noite) trabalham mais 7 exus:


Serguth – Exu Mirim


Trimasael – Exu Pimenta


Sustugriel – Exu Male


Eleogap – Exu 7 Montanhas


Damoston – Exu Ganga


Tharithimas – Exu kaminaloá


Nel Birith – Exu Quirombô


Há ainda Aglasis (Exu Cheiroso) e Meramael (Exu Curado).


Estes é o sincretismo de Aluízio Fontenelle que influenciou alguns umbandistas e uma boa parte da Quimbanda brasileira. Esta é sem duvida um ponto de partida para uma demonização de exu de dentro para fora que colocou e alimentou a fogueira da discriminação e pode ser usada até os dias de hoje para nos recriminar.


Aranauam

Prece de Cáritas


Deus nosso Pai, que sois todo poder e bondade, dai a força àquele que passa pela provação, dai a luz àquele que procura a verdade; ponde no coração do homem a compaixão e a caridade.
Deus! Dai ao viajor a estrela guia, ao aflito a consolação, ao doente o repouso.
Pai! Dai ao culpado o arrependimento, ao espírito a verdade, à criança o guia, ao órfão o pai.
Senhor! Que a vossa bondade se estenda sobre tudo que criastes.
Piedade, Senhor, para aqueles que não Vos conhecem; esperança àqueles que sofrem. Que a vossa bondade permita sempre aos espíritos consoladores derramarem por toda parte a paz, a esperança e a fé.
Deus! Um raio, uma faísca do vosso amor pode abrasar a Terra! Deixai-nos beber nas fontes dessa bondade fecunda e infinita, e todas as lágrimas secarão; todas as dores acalmar-se-ão. Um só coração, um só pensamento subirá até Vós, como um grito de reconhecimento e de amor.
Como Moisés sobre a montanha nós Vos esperamos com os braços abertos. Oh! Poder... Oh! Bondade... Oh! Beleza... Oh! Perfeição... E queremos de alguma sorte alcançar a Vossa misericórdia.
Deus! Dai-nos a força de ajudar o progresso, a fim de subirmos até Vós; dai-nos a caridade pura; dai-nos a fé e a razão; dai-nos a simplicidade, que fará de nossas almas o espelho onde se deve refletir a Vossa Pura e Santa imagem


Aranauam

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Umbanda 105 Anos

Normalmente eu não posto nada nos finais de semana e feriados, mas a data pede uma exceção.
Nossa querida umbanda esta fazendo aniversário, 105 anos de caridade, amor, respeito e muita luta. Eternamente discriminados mas confiantes no amanhã.
Salve a Umbanda, salve os Pretos e Pretas Velhas, salve os Caboclos e Caboclas, salve as Crianças e acima de tudo, salve Zambi.



Parabéns.

Aranauam

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

SAIBA COMO A ESPIRITUALIDADE LEVA AO SUCESSO

Muitas pessoas ficam em dúvida sobre seguir o lado racional ou emocional para ter sucesso na vida. Na verdade, os dois são importantes se usados com equilíbrio e inteligência. Isso porque nossa mente é constituída de múltiplas inteligências que nos alavancam em direção aos nossos objetivos e metas. A seguir, confira três tipos de inteligência que fazem as pessoas prosperarem na vida.

Inteligência intelectual: ela é conhecida como QI (Quociente de Inteligência). É a inteligência analítica pela qual elaboramos conceitos e fazemos ciência. Com ela organizamos o mundo e solucionamos problemas objetivos, o tal do racional.

Inteligência emocional: popularizada pelo psicólogo e neurocientista de Harvard David Goleman, com seu conhecido livro A Inteligência Emocional (QE = Quociente Emocional). Mostra que somos, primariamente, seres de paixão, empatia e compaixão, e só em seguida, de razão. Quando combinamos QI com QE conseguimos nos mobilizar a nós e a outros. Vamos ao encontro de nossos objetivos.

Inteligência espiritual: descoberta recentemente, essa é prova empírica de sua existência. Segundo cientistas, existe nos seres humanos um tipo de inteligência pela qual não só captamos fatos, ideias e emoções, mas percebemos os contextos maiores de nossas vidas e totalidades significativas. Ela nos torna sensíveis a valores, a questões ligadas a Deus e à transcendência. É chamada de inteligência espiritual (QEs = Quociente espiritual), porque é característico da espiritualidade captar totalidades e se orientar por visões transcendentais.

“É uma terceira inteligência, que coloca nossos atos e experiências num contexto mais amplo de sentido e valor, tornando-os mais efetivos. Ter alto quociente espiritual (QS) implica ser capaz de usar o espiritual para ter uma vida mais rica e mais cheia de sentido, adequado senso de finalidade e direção pessoal. O QS aumenta nossos horizontes e nos torna mais criativos. É uma inteligência que nos impulsiona. É com ela que abordamos e solucionamos problemas de sentido e valor. O QS está ligado à necessidade humana de ter propósito na vida. É ele que usamos para desenvolver valores éticos e crenças que vão nortear nossas ações. De que modo essas pesquisas confirmam suas ideias sobre a terceira inteligência? Os cientistas descobriram que temos um “ponto de Deus” no cérebro, uma área nos lobos temporais que nos faz buscar um significado e valores para nossas vidas. É uma área ligada à experiência espiritual”, explica a física quântica Danah Zohar, que identifica dez qualidades (*) comuns às pessoas espiritualmente inteligentes.

Isso explica como, trabalhadas em harmonia, essas três inteligências podem nos ajudar a ter sucesso na vida. Pense nisso.

Por : Franco Guizzetti

Publicado em 13 de novembro de 2013 | Por beatriz | Energias, Prosperidade, Sucesso no site: http://thesecret.tv.br/

Aranauam

Conto de Preto Velho (Pai Tomé)

Vou contar-lhes uma pequena estória para auxiliar-vos na reflexão que quero passar. Refletir é olhar para dentro de Si, sem julgamentos, sem culpa, sem auto-condenação... Mas com sinceridade, indulgência e tolerância. Perceber no seu mundo Interior aquilo que ainda contribui para que você ainda recaia nos mesmos erros. Então, meus Filhos, Reflitam! Reflitam!

Era uma vez dois vizinhos, vamos chamá-los de João e Lourenço, tendo suas casas separadas por uma pequena cerca.

João vivia a cuidar do jardim de sua casa. Jardim que se mostrava sempre multicolorido com as mais belas flores. Eram margaridas, rosas, girassóis... Os pássaros, as abelhas, insetos eram presenças constantes. Ali sempre se via João a regar as flores, retirando ervas-daninhas... Enfim, cuidando do seu jardim. Na casa de Lourenço não se percebia a mesma coisa. Seu quintal era tomado por um matagal, as flores não sobreviviam, pois não podiam competir com a variedade de ervas-daninhas. Lourenço não se importava e não se dispunha a tirar um tempo para cuidar de seu quintal. João começou a se preocupar com aquilo e decidiu chamar a atenção de Lourenço. Não suportava ver aquele quintal tomado pelo mato e seu vizinho não fazer nada. No fundo não admitia que essa era a escolha de Lourenço. Deixou suas flores e foi até a cerca e ficava horas tentando convencer Lourenço a ter mais zelo com sua casa, seu quintal. Passaram os dias e ele ali insistindo, tentando convencer Lourenço que não dava ouvidos, achando-o um chato. Quando João desistiu de tenta convencer seu vizinho, levou um grande susto ao voltar-se para seu próprio quintal, pois este tinha sido tomado pelo mato e ervas-daninhas, sufocado as flores que morreram todas. Seu quintal tornou-se pior do que do seu vizinho. Enquanto perdia tempo preocupado com o quintal do outro, tentando ajudar quem não lhe pediu ajuda, esquecia de olhar e cuidar do seu próprio jardim. Não podemos inverter nossos papéis. Se João continuasse com amor e dedicação a cuidar de seu jardim, chegaria o dia em que a harmonia dele seria tão grande que tocaria seu vizinho ao ponto deste vir lhe pedir ajuda para harmonizar seu. Mas, o que aconteceu, é que João, o vizinho cuidadoso, mas descuidado, foi envolvido pela desarmonia de Lourenço, pensando que estava ajudando-o. Meus Filhos, quanto mais cuidamos e iluminamos nossa Vida, mais tocaremos os outros, que nos buscarão no momento oportuno. Quando preocupam com a vida dos outros, passam a querer que o outro viva como vocês gostariam, muitas vezes até vivem a vida dos outros e esquecem de viverem vossas próprias Vidas, sufocando assim, vossa própria Luz. Busquem ocupar-se com vossas Vidas. Busquem Viver vossas vidas, essa é a melhor ajuda que vocês podem dar aos outros. Quero enfatizar para aqueles que buscam vivenciar a espiritualidade. Ouçam: se o outro não está vivenciando sua Espiritualidade como você acha que é o correto, da forma como ele está aprendendo...Deixe-o, essa é a vida dele, a escolha dele. A Luz não escolhe, mas separa aqueles que já fizeram suas escolhas. Se parares para observar e julgar a forma do outro conduzir sua espiritualidade, estarás esquecendo de viver e cuidar da sua. Espero que todos possam me compreender, pois se venho falar, é por AMOR, SIMPLESMENTE POR AMOR. Reflitam, meus Filhos! Reflitam! Que a Luz do Cristo e da Virgem Maria iluminem vossas mentes e vossos corações!

Pai Tomé, por Claudiney Rosa.

Fonte:  http://flor-do-universo.comunidades.net/

Aranauam

A Vitória

Guilherme estava indo para o centro umbandista que freqüentava há pouco mais de seis meses e onde ocorreria, naquela noite, uma gira de preto-velho em que ele teria a gratificante oportunidade de cambonar mais uma vez a Pai Guiné do Congo.

Guilherme era um jovem universitário que procurava desenvolver as atividades do centro com a maior boa-vontade possível.

Auxiliava àqueles que eram atendidos pelo preto-velho e sempre, após o último atendimento, Pai Guiné solicitava ao jovem que sentasse a sua frente para trocarem alguns “dedos de prosa”. Eram nestes momentos que Guilherme mostrava à entidade o sentimento e a idéia de que ser umbandista é ser sempre um vitorioso, como podemos observar no diálogo que se segue:

— Salve Zambi, menino Guilherme! Como vai suncê?

— Salve Deus, Pai Guiné!!! Melhor do que estou seria impossível!!!

— E, por que, zifio?

— Desde que entrei na Umbanda só conheci vitórias: minhas notas melhoraram, parei de farrear e encontrei uma menina incrível pra namorar que é médium da corrente deste terreiro.

— Olha zifio, Nêgo fica feliz com sua alegria no desabrochar de sua descoberta de qual é a real felicidade de ser umbandista.

— Olha meu pai-velho, para mim, ser umbandista é ser vitorioso sempre e, se Deus quiser, eu vou vencer ainda mais nesta vida!!!

— Zifio, de fato, ser umbandista é ser vitorioso sempre, desde que se saiba o que é vitória!

— Como?

— O que é vitória pra suncê, meu filho?

— Para mim vitória é vencer, alcançar aquilo que se quer!!!

— Suncê inté que tá certo, mas como se vai saber se aquilo que suncês quer, é aquilo que vai fazer suncês vencer???

— Não entendi!!!

— A sabedoria meu menino!!! É ela o instrumento com que Deus dotou cada ser humano afim de que ele, ao exercê-la, seja sempre um vitorioso em qualquer situação que enfrente na vida.

— Ainda não consegui entender, Pai Guiné!!! O senhor está meio enigmático hoje!!!

— Num se preocupe não zifio, pois nas forças de Zambi no tempo certo suncê há de entender!!! Agora Nêgo deve dizer que tá muito ditoso com o namoro entre suncê e a “cavalinha” Gabrielle!

— Mesmo?

— Sim meu fio, pois ela é uma fia tão formosa que é capaz de fazer os zifios crescer moralmente só pelo fato de estarem juntos dela e aprenderem com seus exemplos práticos de amor, bondade e caridade!!!

— Para mim ela é quase uma santa!!!

— É por que suncê só tá vendo ela, nestes três meses de relacionamento, com os olhos do amor, mas em breve o tempo o fará vê-la como é: imperfeita, mas portadora de virtudes morais e edificantes!!!

— Se o senhor diz, eu acredito, mas será que eu poderia tocar em um outro assunto?

— Fique a vontade zifio!!!

— É que eu gostaria de uma ajuda para alcançar mais uma vitória através da Umbanda!

— Qual ajuda?

— É que eu estou muito interessado em uma vaga de estágio numa grande firma de advocacia!

— Vamos ver né zifio, pois só Zambi Nosso Pai é que pode todas as coisas!!!

Guilherme continuou cambonando a entidade e três semanas após o diálogo em questão podemos vê-lo travar uma nova conversa com Pai Guiné do Congo:

—Puxa vovô, eu estou muito feliz por ter obtido minha vitória!!!

— Conseguiu a vaga zifio?

— Graças a Deus, alcancei minha vitória!!!

— Peça sempre sabedoria a Zambi para que esta vitória não seja uma derrota na sua vida!

— Pode deixar vovô, pode deixar!!!

Um ano após esta conversa, encontraremos Guilherme a ter uma nova conversa com o preto-velho:

— Pai Guiné, continuo vencendo na Umbanda, alcancei nova vitória!!!

— Como assim, zifio?

— Comprei um carro usado, mas que está tão bonito e ajeitado que parece novo, agora a vida vai ficar mais fácil com esta minha conquista!

— Zifio, peça sempre sabedoria a Zambi para que esta vitória não seja uma derrota na sua vida!!!

— Pode deixar vovô, pode deixar!!!

Três meses após esta prosa lá estava o jovem Guilherme em mais um “bate-papo” com Pai Guiné:

— Vovô, é capaz até de o senhor ficar triste, mas eu consegui vencer de novo por meio da Umbanda!!! Terminei com a Gabrielle e estou namorando com uma menina da minha turma na faculdade e que me entende melhor; o nome dela é Valquíria.

— Zifio, peça sempre sabedoria a Zambi para que essa vitória não seja uma derrota na sua vida!!!

— Pode deixar vovô, pode deixar!!!

Quatro meses depois Guilherme, abatido, estava novamente a dialogar com o pai-velho:

— Pai Guiné, tive minha primeira derrota desde que sou umbandista!

— Conta pra Nêgo o que aconteceu, meu menino!!!

— Olha, sem eu dar motivo algum, fui dispensado do meu estágio!!!

— Zifio, peça a Zambi nosso Pai que faça você ver a vitória que esta derrota é na sua vida!!!

— Como?

— O umbandista é sempre vitorioso zifio!!! Lembra quando nóis conversou sobre isso?

— Lembro sim vovô! Pode deixar que eu vou fazer isto vovô, pode deixar!!!

Três semanas após, Guilherme está outra vez em frente a Pai Guiné a dizer-lhe:

— Pai Guiné, apesar das minhas rogativas a Deus o meu pai desenvolveu uma grave doença e não tem muitas chances de cura!!!

— E na visão de suncê isto é uma vitória ou uma derrota?

Guilherme pensou profundamente antes de responder a entidade, mas só conseguiu dizer:

— Desculpa Pai Guiné, mas para mim é uma derrota!

— Num precisa se desculpar zifio, Nêgo gostou da sinceridade!!! Mas peça a Zambi nosso pai que faça você ver a vitória que esta derrota é na sua vida!!!

— Eu vou fazer!!! Pode deixar vovô, pode deixar!!!

Cinco meses depois Guilherme está de frente a Pai Guiné para ter com ele aquela que, na opinião do jovem, seria a última conversa que teria com a entidade:

— Vovô, graças a Deus, o meu pai já está praticamente curado, mas é que eu acabo de sofrer a maior derrota da minha vida e vim até aqui comunicar ao senhor que vou pedir desligamento do terreiro hoje!!!

Guilherme chorava muito e o pranto era copioso. Pai guiné estalava os dedos enquanto aguardava as emoções do seu pupilo serenarem. Poucos minutos depois a entidade retomou o diálogo:

— Suncê pode dizer pra Nêgo que derrota foi essa meu fio?

— Para que vovô? Para o senhor dizer que a minha derrota é vitória?

— Se o zifio tá zangado e for pra aliviar a dor do seu coração, suncê ta autorizado a fazer malcriação com Nêgo até ficar aliviado, mas depois que suncê tiver falado tudo; Nêgo vai pedir silêncio para que suncê possa escutar tudo o que ele tem a dizer, tudo bem?

— Desculpe Pai Guiné, o senhor pode falar agora que eu escutarei!!!

— Suncê tem certeza?

— Sim senhor!!!

— Então Nêgo vai conversar com suncê, meu menino!!! O zifio tá zangado por que a “rabo-de-saia” Valquiria, vendo que não tinha mais o que sugar de suncê, terminou o namoro, não é?

Boquiaberto, Guilherme respondeu:

— Sim senhor!

— Suncê num tem mais o carro porque teve que vender para ajudar no tratamento do seu pai, não tem mais dinheiro por que está sem emprego; e sem carro e sem dinheiro ela não te quis mais, não é verdade?

— Sim senhor!

— E isto foi uma derrota ou uma vitória em sua vida?

— Agora com o senhor falando assim deste jeito eu, sinceramente, não sei!!!

— Então vamos começar do inicio, certo???

— Certo!

— Um tempo atrás suncê procurou Nêgo pra dizer que tinha conseguido uma vitória que Nêgo sentia que poderia ser uma derrota em sua vida, lembra???

— A vaga de estágio na firma conceituada de advocacia?

— Exatamente!!! Esta vitória não deveria, mas foi uma derrota na sua vida pelo que o motivou prioritariamente a alcançá-la!!!

— Como?

— Comprar um carro, não era o que suncê mais queria?

— Mas isso é ruim?

— Depende do que motiva prioritariamente uma pessoa a adquirir um carro, o que nos leva a segunda vitória que não deveria, mas foi uma derrota em sua vida!!!

— Como?

— Não foi o desejo ardente de impressionar Valquiria e tê-la apenas para si que o motivou prioritariamente a comprar o carro?

— Sim, mas isto é ruim???

— Zifio, isso levou suncê a terceira vitória que não deveria, mas foi uma derrota em sua vida!

— Como assim?

— O desejo de impressionar e ter para si uma mulher de beleza rara e extasiante foi o que fez você abrir mão do relacionamento com a fia Gabrielle, certo?

Boquiaberto, novamente, Guilherme respondeu:

— Sim senhor!

— Suncê abandonou uma fia que só fazia compartilhar para ficar com outra que só queria tudo pra si, isso foi derrota ou vitória?

— Meu Deus!!! Foi por isso que fui mandado embora do estágio: por estar fazendo tudo errado!!! Por isso eu tive minha primeira derrota!!!

— Menino Guilherme, aquilo que suncê chama de primeira derrota foi, na realidade, sua primeira vitória!

— Mas, por quê?

— Por que você estar desempregado proporcionou-lhe a oportunidade de assistir melhor e por mais tempo ao seu pai na ocasião do adoecimento dele!

— Meu Deus!!! Olhando por este lado eu vejo que o senhor tem razão!!!

— E, quando seu pai adoeceu, aconteceu aquilo que suncê chamou de segunda derrota, mas que foi, na verdade, sua segunda vitória.

— Vitória? A doença do meu pai foi vitória?

— Não, mas proporcionou-lhe uma sensibilização na sua vida que o ajudou a sentir e pensar a vida e o amor de uma forma moralmente mais elevada, ou não é verdade que você quase terminou o relacionamento com a Valquiria por três vezes, devido ao excesso de materialismo por parte dela?

— É verdade vovô, é verdade!!!!

— Suncê foi intuído por seus mentores para terminar o relacionamento com ela, mas como a beleza e o envolvimento carnal foram maiores que o seu bom senso, eis que suncê obteve a sua terceira vitória que foi o término da relação só que por iniciativa dela; e logo agora que suncê tá tão perto de conseguir uma vitória crucial pra sua evolução, suncê pensa em largar a sua fé? Nêgo num entende!!!!

— Vitória? Vitória sobre o que? Sobre o desemprego? Sobre o desamor?

— Não meu menino, nas forças de Zambi, há de ser uma vitória sobre suncê mesmo: sobre suas más tendências, sobre a ilusão da matéria e sobre sua ignorância acerca da beleza do espírito. Vitória não é só conseguir o que se deseja, pois se suncê pedir a Zambi e desenvolver a sabedoria, suncê verá a real vitória em todas as situações de sua vida: até mesmo nas derrotas aparentes, suncê entende meu fio?

— Estou entendendo vovô!!!

— Sem sabedoria vencer é só alcançar aquilo que suncês quer, já com sabedoria vencer é encarar as dificuldades da vida como oportunidades sagradas de Deus para a evolução de suncês, pois se isto for alcançado a vitória é certeira, mesmo que aos olhos do mundo seja a mais flagrante derrota, suncê entende?

— Estou entendendo, sim senhor!!!

— Por isso o verdadeiro umbandista vence sempre: por que pede sempre a Zambi que o faça enxergar todas as situações da vida com a visão espiritual da sabedoria!

— É verdade vovô!!!

— Neste mundo tão materializado e ilusório somente o olhar da sabedoria espiritual pode vislumbrar os caminhos que levam suncês a real vitória que, por sua vez, não é aquela sobre o próximo ou sobre a carne, mas sobre suncês mesmos, suncê entende meu menino?

— Sim senhor!!!

— Suncê ainda quer sair do terreiro pelo que lhe parece uma derrota? Ou quer continuar na sua fé aprendendo, a cada gira, a enxergar os fatos com a visão espiritual através dos “óculos” que vem da sabedoria infinita de Zambi nosso pai?

E com o coração e a mente transformados pela misericórdia de Deus foi que Guilherme respondeu:

— Eu fico com Deus, fico com o senhor, fico com Jesus, fico com os orixás, fico com a Umbanda e tudo com muita felicidade!

E talvez para trazer um pouquinho mais de paz para o coração de Guilherme, foi que Pai Guiné do Congo lhe disse:

— Vamos aprender a vencer sempre?

— Vamos, mas como?

— Fazendo aquilo que Nêgo explicou pra suncê: pedindo a Zambi nosso pai o desenvolvimento da sabedoria!

— Mas como é que se faz isso?

— Tem um jeito muito simples, que foi ensinado pelo próprio mestre Jesus!

— É uma prece?

— É!

— O senhor me ensina?

— A prece fio já conhece, agora o fio deve começar a fazê-la direcionando-a não mais apenas pela memória, mas pelo pensar e pelo coração. Suncê ta pronto?

— Sim senhor!!!

— Então vamos: feche os olhos, relaxe o corpo, esvazie sua mente, concentre-se nas batidas de seu coração e chame Deus para junto de si conectando-se a Ele através da seguinte prece:

“Pai nosso que estais no céu, santificado seja Vosso nome, venha a nós o vosso reino, seja feita a Vossa vontade, assim na terra como nos céus…”

Texto escrito por Pedro Rangel.

Fonte:  http://flor-do-universo.comunidades.net/

Aranauam

Ciência e espiritualidade

A história nos narra que a crença na capacidade do homem em interagir no processo de saúde e doença vem de longe. Os magos da Caldéia e os brâmanes da Índia buscavam curar pela aplicação do olhar, estimulando o sono e a letargia.

No templo da deusa Ísis, às margens do Nilo, a imposição das mãos era usada pelos sacerdotes iniciados, para tentar aliviar o sofrimento de milhares de pessoas. Os gregos, que incluíram no seu modo de vida muita coisa do Egito, usavam a fricção das mãos no tratamento dos doentes. Na antiga Grécia havia templos dedicados ao deus da medicina (Esculápio ou Asclépio), onde os doentes eram curados de forma sobrenatural durante o sono. Nesse processo de pesquisa, o homem refuta tudo que não pode ser provado e vai se afastando do imponderável. O método científico pode ser timidamente resumido em 4 itens : 1 – fazer observações; 2 – formar uma hipótese testável para explicar as observações; 3 – deduzir predições a partir das hipóteses; 4 – buscar confirmações das predições; se as predições contradizem a observação empírica, volta-se ao passo 2. A palavra "método" sugere uma espécie de fórmula secreta, disponível apenas para cientistas altamente treinados, mas isso não procede. O método científico é algo que todos nós podemos usar a qualquer momento. De fato, adotar algumas das atividades básicas do método científico - ser curioso, fazer perguntas, procurar respostas - é algo natural em todo ser humano. A característica que define a ciência é o conceito da hipótese testável. Uma hipótese testável deve fazer predições que podem ser validadas por observadores independentes.

O método científico é comprovadamente uma ferramenta poderosa, mas tem suas limitações. Essas limitações se baseiam no fato de que uma hipótese precisa ser passível de teste e de refutação, e que experiências e observações precisam ser passíveis de repetição. Isso coloca certos tópicos além do alcance do método científico. Por exemplo, a ciência não pode provar ou refutar a existência de Deus ou de qualquer outra entidade sobrenatural. O terceiro milênio nos coloca, profissionais da saúde que acreditamos na existência do imponderável, na obrigação de confrontarmos nossas crenças milenares e admitirmos que algo além da matéria existe e pode ser manipulável, para nos ajudar no processo de saúde holística. Quando pesquisamos no site pubmed.org, que é uma grande biblioteca online podemos facilmente comprovar que os cientistas vanguardeiros tem feito a sua parte. Se digitarmos a palavra prayer (do inglês; oração) veremos que aparecerão mais de 48.000 trabalhos. Se no lado esquerdo da tela do pubmed clicarmos em “Randomized controlled Trial” veremos que mesmo assim ainda teremos 900 trabalhos. Os trabalhos randomizados controlados prospectivos são pesquisas feitas com metodologia mais clara e transparente, com menor chance de erro. Se partirmos para a pesquisa de metanalises, que são trabalhos que verificam o resultado de centenas de outros trabalhos dentro de um tema, concluímos que existem evidências científicas importantes sobre o efeito da prece na melhora da saúde, com excelentes trabalhos feitos nos grandes centros universitários mostrando que a oração, seja ela proveniente de pessoas queridas ou não se constitui em um fator externo de ajuda, acelerando a recuperação de doenças as mais variadas. Esses dados são importantes para embasar a nossa crença na espiritualidade, na continuação da vida, na ação da prece e na tentativa de manter uma vida mais regrada dentro de limites éticos de respeito e amor. Chegará o dia em que a prescrição formal de uma terapia complementar, que utilize a manipulação da energia como ponto central, passará a ser mais uma opção terapêutica. Nessa visão não há uma terapia melhor que a outra, nem a medicina oficial deixará de ser importante, pelo contrário, esperamos que médicos, psicólogos e terapeutas das mais variadas áreas trabalhem juntos em busca da cura verdadeira, a cura da alma.

Sérgio Vencio

Paz e luz!

Fonte:  http://medicinaespiritual.blogspot.com.br/

Aranauam

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Só mais 5 minutos



No parque, uma mulher senta-se ao lado de um homem e diz:
- Aquele ali é meu filho, o de camisa vermelha no escorregador.
- Um bonito garoto - respondeu o homem - e completou:
- Aquela de vestido branco, na bicicleta, é minha filha. 
Então, olhando o relógio, o homem chama a menina:
- Nicole, o que você acha de irmos?
- Mais cinco minutos, pai. Por favor. Só mais cinco minutos!
O homem concorda e Nicole continua pedalando sua bicicleta, para alegria de seu coração. Os minutos se passam, e o pai levanta-se novamente chamando sua filha:
- Hora de irmos, agora. Vamos?
Mas, outra vez, e garotinha pede:
- Mais cinco minutos, pai. Só mais cinco minutinhos...
O homem sorri e diz:
- Está certo.
A mulher, vendo a cena, comenta:
- O senhor é certamente um pai muito paciente.
O homem sorri e diz:
- Minha senhora, eu aprendi o valor do tempo. Perdi meu filho no ano passado. Ele foi atropelado por um motorista bêbado, quando andava de bicicleta perto daqui. Eu nunca passei muito tempo com meu filho e agora eu daria qualquer coisa por apenas mais cinco minutos com ele. Eu me prometi não cometer o mesmo erro com a Nicole. Ela acha que tem mais cinco minutos para andar de bicicleta, quando, na verdade, eu é que tenho mais cinco minutos para vê-la brincar.
(autor desconhecido)

Compartilhei esta conhecida história para refletirmos sobre o tempo. O tempo é o bem mais precioso que temos. Quando damos um minuto de nosso tempo em atenção a alguém, estamos dando um minuto de nossas vidas a estas pessoas. Valorize o tempo. Dedique tempo de qualidade às pessoas que você ama. Em tudo na vida estabelecemos prioridades. Quais são as suas?

Reflita sobre isto.
Paz e Alegria,
Carlos Hilsdorf


Aranauam

As Religiões devem ou não se adaptar aos Novos Tempos?


     Sei que esse é um tema complicado e que provavelmente receberei muitas criticas, mas estou disposto a dar minha cara a tapa. Como eu já disse numa postagem anterior religiões são rótulos e para mim esses rótulos não são importantes, o que realmente importa é você se sentir bem e praticar o bem independente de qual religião frequenta. 
     O ser humano busca eternamente a evolução, aliás não só o ser humano, mas todos os seres vivos e no decorrer do tempo já foi comprovado que os seres que não evoluem, que não se adaptam estão fadados a cair no esquecimento e extinção. E isso temos visto hoje em dia em tudo, seja na politica, seja nas leis, e porque não na Religião?
     O que era bom ontem pode ser desnecessário amanhã, para isso evoluímos, é isso o que buscamos. Não sei que nome vão dar a essa ou essas novas religiões no futuro, mas creio que chegara um tempo em que não será necessário templos ou rituais pois o maior templo nós já temos ( e não respeitamos) que é o corpo humano e os rituais serão substituídos pelos ensinamentos comuns a todas as religiões, como o amor, a fraternidade, o respeito, ensinamentos estes que serão aceitos e praticados por todos. É claro que isso ainda esta longe de acontecer e alguns vão mesmo falar que é utópico, mas é assim que eu vejo o futuro, é nisso que creio. 
     As mudanças ocorrerão lenta e gradativamente, pode ser uma igreja  que não mais usará as imagens de santos, um templo que não usará imagens, um centro onde não será obrigatório a vestimenta branca ( peguei pesado), um preceito aqui, um dogma ali, etc. Não pensem que o Santo, ou entidade, ou espirito deixará de frequentar ou ajudar se tais mudanças ocorrerem, afinal eles também buscam a evolução e ao contrario de nós seres humanos eles já se adaptam ás diferentes religiões há muito tempo.
     Para mim só existem dois caminhos, o caminho da união que é esse que falei acima, repleto de mudanças e dificuldades a serem vencidas ou o caminho oposto que é o da discórdia, onde ficaremos nos atendo as diferenças e aos preceitos e dogmas há muito desnecessários e fatalmente chegaremos as discussões, lutas e guerra.
     A escolha é nossa meus amigos. Eu, particularmente, escolho a união e o amor.

Wanderley Donaire Maganha

Aranauam

AS CURAS ESPIRITUAIS E A MEDICINA

A principal finalidade do Espiritismo (nota do autor: e da Umbanda) é “curar” o Espírito e não as doenças do corpo. Embora coopere nesse setor de ordem humana sem alarde, seu objetivo relevante é ensinar, orientar o Espírito no sentido de se libertar de seus recalques ou instintos inferiores até alcançar a “saúde moral” da angelitude.

Por conseguinte, a doutrina não pretende competir deliberadamente com a medicina do mundo, conforme pressupõem alguns médiuns e neófitos espíritas. Se esse objetivo fosse o essencial, então os mentores que orientaram Allan Kardec na codificação da doutrina espírita certa¬mente teriam indicado todos os re¬cursos e métodos técnicos que assegurassem aos médiuns o êxito terapêutico no combate às doenças que afetam a humanidade.

Os Espíritos inspiram e cooperam nas atividades terapêuticas através dos médiuns, mas sem qualquer intenção de enfraquecer a nobre profissão dos médicos, cujos direitos acadêmicos devem prevalecer acima da atuação dos leigos.

Embora os Espíritos benfeitores auxiliem os médicos dignos e piedosos que se devotam a curar o ser humano por meio da intuição, deve-se considerar que os profissionais da medicina também constituem uma legião de missionários dos mais úteis à humanidade. Mesmo porque, além de suas funções comuns, tais cientistas ainda se dedicam a pesquisar elementos terapêuticos que vençam as moléstias rebeldes, de conseqüências fatais. Fica claro, assim, porque ao Espiritismo não é destinado a concorrer com os médicos terrenos e nem tem a pretensão de se sobrepor à sua capacidade profissional.

As curas obtidas por meio da mediunidade têm como objetivo principal chamar a atenção do enfermo. O alívio, o reajuste físico ou as curas conseguidas sacodem o ateísmo do doente, despertando nele o entendimento para os ensinamentos da vida espiritual.

Espiritismo: Hospital de alma

Os espíritas aceitam, sem laivos de dúvidas, que, além de escola na qual se aprende o mecanismo da vida desvendado pela codificação kardequiana, o centro espírita é também um hospital, onde “as feridas do sentimento encontram medicação e todas as inquietudes recebem repouso”.

Quando transformados em hospitais de almas, os centros ministram passes, oferecem água fluidificada, favorecem a desobsessão, abrem canais de ajuda espiritual por meio da força da prece e do esclarecimento, revigoram a esperança através da veiculação das promessas de Jesus e tornam a fé inabalável, com os alicerces racionais que o Espiritismo outorga a quem deseja a reconstrução de uma nova vida.

Deve-se lembrar que a Doutrina Espírita não veio competir com a ciência. “Não devemos trazer para o Espiritismo o que pertence aos outros ramos do conhecimento. A missão de curar é do médico. O Espiritismo não veio competir com a ciência médica. Não devemos pretender transformar a casa espírita em nosso consultório médico”.

Esta recomendação nos conduz a concluir que o Centro Espírita é um hospital para a alma e não para o corpo. A cura deste poderá vir por conseqüência, pois não desconhecemos as origens das doenças que nos afligem. Se a finalidade do hospital é curar o doente, então, quando isto acontece, ele alcançou o seu fim, o paciente recebe alta e vai embora, agradecendo a Deus por não ser preciso continuar ali. No entanto, tal fato não deve acontecer em um centro espírita.

A função do Espiritismo é esclarecer. A cura do mal físico ou espiritual deve oferecer ao paciente os motivos e as condições para que permaneça na casa, buscando entender as razões pelas quais a doença o trouxe até ali e o porquê da cura.

Nesta linha de raciocínio, compete aos espíritas compreender a missão verdadeira da doutrina e a função real do Templo. Aquela é chamada com propriedade de “consoladora”, destinada à reforma intima do homem, enquanto que devemos dar ao centro o epíteto de “célula moderna do cristianismo”, com a tarefa de interpretar a essência dos ensinamentos evangélicos à luz do Espiritismo e divulgá-los ao mundo inteiro, viabilizando a implantação do reino de amor e fraternidade.

Quando Jesus curava os doentes que iam ao seu encontro, seu objetivo era curar os corpos para, indiretamente, despertar ou curar as almas. E a mediunidade de cura também possui essa finalidade. Muitos médicos, embora inconscientes do fenômeno, agem também como médiuns. A mediunidade de cura, em sua profundidade, é uma cooperação do objetivo crístico condiciona¬da à evangelização do homem.

Nosso intuito é esclarecer quanto ao lamentável equivoco de mui¬tos adeptos espíritas, que confundem a finalidade precípua do Espiritismo, que é a de “curar o Espírito enfermo”, com o estabelecimento de uma única organização mundial de assistência médica, de caráter espírita, destinada a cuidar essencialmente da saúde do corpo dos habitantes da Terra. Infelizmente, certas criaturas mercenárias ainda usam sua faculdade mediúnica para negócios escusos, aliando a prática da caridade na seara espírita com a remuneração fácil da moeda do mundo!

Intromissão na medicina

Muitos médicos alegam que a cura espiritual é uma intromissão desleal que afeta sua esfera profissional. No entanto, uma vez que a medicina acadêmica ainda não consegue curar todas as enfermidades do corpo físico e se mostra incapacitada para solucionar as doenças psíquicas de origem obsessiva, é evidente que os médicos não podem censurar os esforços das curas mediúnicas, que tentam suprir as próprias deficiências médicas no tratamento das moléstias espirituais.

A medicina oficial, malgrado o seu protesto à intrusão do médium ou do curandeiro em sua área profissional, fracassa diante dos casos de obsessões, quando pretende tratá-los de modo diferente da técnica tradicional adotada pelos espíritas. Nem o médico ou o médium lograrão qualquer sucesso junto aos enfermos se eles, em virtude do cumprimento inapelável da Lei do Carma, já estiverem condenados a abandonar o corpo físico na cova terrena.

O médico ou o médium transformam-se em instrumentos abençoa¬dos quando, junto aos enfermos, preocupam-se mais em aliviá-los de sua dor do que auferir qualquer vantagem material. Em conseqüência, o médico também pode desempenhar as funções de médium e atender às intenções dos Espíritos benfeitores caso seja uma criatura afetiva e sensível, mais um sacerdote do que um homem de negócios.

Despertar para o lado espiritual

As curas espirituais têm a finalidade de despertar e atrair para o Espiritismo aqueles que ainda se encontram com sua mente distante de entender o lado espiritual. As curas incomuns chamam a atenção dos homens ateus, dos médicos ortodoxos, dos religiosos dogmáticos e até dos indiferentes para a doutrina espírita, os quais, depois de abalados em sua velha atitude mental, não podem deixar de respeitar e mesmo se interessar pelos ensinamentos valiosos da vida imortal.

Muitas pessoas, depois de exaustas com sua “via-crucis” pelos consultórios médicos, hospitais cirúrgicos ou pelas estações terapêuticas, já decepcionadas e descrentes das chapas radiográficas, dos eletrocardiogramas, das radioterapias, dos encefalogramas ou mutiladas por cirurgias, aceitam incondicionalmente os princípios morais e espirituais da doutrina depois de serem curadas extraordinariamente pela água fluidificada, pelos passes mediúnicos ou medicamentos receitados pelos Espíritos desencarnados.

Embora o Espiritismo não seja um movimento com o intuito de competir com a medicina oficial, ele corresponde a promessa abençoada do Cristo de enviar o consolador, no momento oportuno, para curar os enfermos de Espírito. Apesar de nem todos os familiares dos doentes beneficiados simpatizarem inicialmente com os preceitos espíritas, muitas vezes os mais sensíveis acabam aceitando a tese da reencarnação e a ação cármica da Lei de Causa e Efeito, que rege os destinos da alma em prova educativa na matéria.

Eis os motivos pelos quais os mentores espirituais ainda endossam o receituário mediúnico sob o patrocínio do Espiritismo, apesar das receitas inócuas, esdrúxulas ou completamente anímicas que são produtos da precipitação, da ignorância ou do puro animismo dos incipientes. O bem espiritual, conseguido no serviço benfeitor do receituário mediúnico sob a égide espírita, supera satisfatoriamente os equívocos e as imprudências de uma mediunidade de urgência, mais preocupada com a cura do corpo físico do que com a saúde do Espírito imortal.

Na realidade, os homens ainda não fazem jus à saúde física em absoluto, ante o desvio psíquico que exercem sobre si mesmos no trato das paixões e dos vícios perniciosos que perturbam a textura delicada do perispírito.

As pessoas de melhor graduação espiritual ou que se encontram no fim de suas provas cármicas dolorosas, em virtude de sofrimentos ou vicissitudes morais já sofridas nas vidas anteriores, realmente são eletivas e beneficiadas pela homeopatia, irradiações fluídicas, passes mediúnicos ou água fluidificada, dispensando a medicina crucificante das reações tóxicas. Aí está a razão de tanta decepção e variedade quanto ao êxito do tratamento do ser humano na Terra, pois a terapêutica salvadora de determinada criatura é completamente inócua quando aplicada em outro enfermo nas mesmas condições físicas.

(Edvaldo Kulcheski)

Fonte:  http://www.umbanda.com.br/

Aranauam

terça-feira, 12 de novembro de 2013

ENERGIA - A consciência escolhe!


A ciência tem dificuldade em definir a energia. A visão mecanicista que confere o caráter de máquina ao ser humano diz que tudo é máquina. “O corpo é uma máquina! A mente é uma máquina! A alma é uma máquina!” (Jacque Monod) – eminente Prêmio Nobel. Pois bem, como podemos entender a energia acreditando apenas em um “fantasma” dentro de uma máquina? A palavra “energia” aponta para muito além dela mesma. Não precisamos nos identificar com o “rótulo” que a palavra tenta representar. A energia é muito mais que aquilo que tentamos explicar sobre ela. Em termos matemáticos, a energia sempre estará sendo definida segundo outros parâmetros. A mais importante de todos os tempos sem dúvida é a tão conhecida expressão: E = m.c2. Energia é o produto da massa pela velocidade da luz ao quadrado. Nesse exemplo, energia é um “ente” observável que depende de outros “entes”.No caso, energia depende da massa e da velocidade da luz. Vejamos o que outro eminente físico tem a dizer sobre a questão: “É importante perceber que, na física atual, não temos o conhecimento do que é energia. Entretanto existem fórmulas para calcular certas quantidades numéricas. É algo abstrato no sentido que não nos informa o mecanismo ou a razão para as várias fórmulas” (Richard Feynman). Energia seria uma certa abstração matemática que não tem existência fora da relação funcional com outras variáveis ou coordenadas, que de fato tem interpretação física e que pode ser medida. Sabe-se que a energia não pode ser criada e nem destruída obedecendo a tão pesquisada e confirmada lei da conservação da energia. Então, o que é energia? Podemos ficar com a clássica definição de energia como sendo a capacidade de realizar trabalho, ou a que eu prefiro, a capacidade de “fazer algo acontecer” ( David Watson). Dentro da física quântica, energia assim como sua correlata matéria são ondas de possibilidades. Possibilidades de escolha da consciência em “fazer algo acontecer” e esse “algo” é a realidade. Você cria a sua realidade!

Quando estudamos nosso corpo físico percebemos que o mesmo é constituído por cerca de 70 trilhões de células. Essas células são formadas por moléculas que são constituídas por átomos. Nesse reducionismo mental, podemos imaginar a quantidade de átomos que fazem parte do nosso corpo físico. Podemos imaginar a complexidade de funcionalidade biológica que cada órgão possui ao incluir essa infinidade de átomos na constituição dos mesmos.Cada átomo é uma unidade composta. Cada átomo apresenta em sua constituição muito mais “espaço” que “matéria” propriamente dita. A “energia” contida no espaço que delimita o átomo é que dá oportunidade ao mesmo de existir. Sem o espaço não haveria a forma. Sem a forma não perceberíamos o espaço. Seria uma natureza indivisa e una. Uma natureza repleta de energia e possibilidades. Algo fora do sistema tem que “causar” uma perturbação nessa natureza una e indivisa capaz de manifestar a forma e o espaço simultaneamente. O nosso corpo físico está inundado por espaço. O corpo físico aponta naturalmente para além dele mesmo com o simples pensar na constituição dos elementos que o compõem. O corpo físico manifesto aponta para o não manifesto que o sustenta e da-lhe a forma. Há um campo de energia sutil que envolve cada átomo, cada individualidade composta e esse campo pode ser “sentido” quando desenvolvemos uma certa sensibilidade para que o percebamos. Um campo único de energia mantém a forma e podemos entrar em contato com essa energia se focarmos a atenção nesse campo sutil que envolve o corpo físico. O espaço que “permeia” os meus átomos é o mesmo espaço que “permeia” os seus átomos. A realidade fundamental una e indivisa une tudo o que pode se manifestar no espaço-tempo eisteniano. O mundo externo é formado pelos mesmos constituintes do mundo interno. O grosseiro e o sutil são feitos da mesma substância. A separação aparente entre o que é interno e o que é externo – acreditem – é aparente! Necessitamos dessa separação, necessitamos do espaço-tempo para obtermos conhecimento. Precisamos conhecer. Sem a aparente separação não haveria percepção e sem percepção não haveria memória e sem memória não haveria aprendizado. O problema está em não compreender a separação como aparência e o comportamento refletir essa compreensão. Podemos entender a separação como uma necessidade para a evolução e desenvolvermos uma capacidade de comportamento baseado na unidade que envolve a todos os seres sencientes. Todos os corpos físicos que estão separados são unidos pela natureza una e indivisa de uma mesma realidade não local e fundamental. Mesmo após a morte do corpo físico, ainda assim, permanece um corpo sutil que ainda é mantido pela energia dessa natureza una e indivisa sob o comando da consciência, porém agora sob uma plasticidade maior onde o externo e o interno ainda existem, mas em “frequências” diferentes e, nessa dinâmica, campos dentro de campos, uma infinidade de “moradas” podem surgir refletindo o avanço da consciência rumo a “alturas” cada vez maiores. Espaço e forma coexistem e são necessários para o aprendizado. Mas até quando? Até sermos um com o Pai. Vivemos em uma diversidade rumo a unidade. Vivemos em uma polaridade rumo a unidade. A energia é a capacidade de fazer algo acontecer. Quanta coisa pode acontecer? Quantas possibilidades podem se manifestar para que a complexidade da consciência também se manifeste? Infinitas possibilidades. A energia, assim como a matéria (quarks) são ondas de possibilidades. A atualização das possibilidades em fato manifesto se dá pela presença da consciência. Pelo ato psíquico da observação. A sempre presença da essência de cada um de nós está em um eterno aprendizado. Seja em que campo estejamos, isto é, estejamos aqui no espaço-tempo de Einstein ou fora dele após a morte física, estaremos sempre presentes e observando e cocriando a realidade. Átomos sempre existirão a disposição para que a realidade seja cocriada. A atualização descendente das possibilidades ascendentes fará com que a realidade assim formada seja uma certa mistura em dois domínios: possibilidades e fato manifesto. Aonde quer que a consciência esteja, seja no corpo físico colapsando as possibilidades da matéria grosseira, seja no corpo sutil colapsando as possibilidades da matéria sutil, esses dois domínios da realidade sempre estarão presentes. A coerência nos faz pensar até quando existirá dois domínios da realidade? A resposta é a mesma: até o dia em que finalmente conseguirmos sermos um com o Pai. Há ainda outro ponto a ser considerado pela intuição. Parece que há uma necessidade de retorno ao mundo da matéria grosseira para que o aprendizado seja consolidado. Para que as experiências sejam “educadas”, para que o EGO seja transcendido e incluído dentro da consciência. Para que haja nova oportunidade para dar novos significados ao temas dos arquétipos. Para que haja cada vez mais identificação com a “essência” verdadeira dentro de cada um e, dessa forma, o passado seja dissolvido e qualquer outra identificação com a mente e seu oceano interno de atividades (pensamentos, sentimentos, memórias, medos, paixões, vingança e etc e etc.) também seja dissolvido e haja realmente o despertar coerente das ações plenas no momento presente, sem passado e sem futuro. Parece esquisito, mas essa realidade é possível.

Estamos “imersos” na energia que sustenta a forma. Lembrem-se sempre da síntese da evolução da forma e da energia baseado nos estudos de Teilhard Chardin e Ken Wilber: O aumento da complexidade da forma é acompanhada pelo aumento da complexidade de expressão da consciência e a energia vai se “sutilizando” nesse processo. A consciência de maneira criativa utiliza-se das possibilidades ascendentes da matéria e energia e “causa” (causação descendente e transcendente) a realidade concreta e objetiva na qual vivencia. O aprendizado se faz possível em virtude da aparente separação entre sujeito e objeto. Tudo “arquitetado” para que a consciência expresse-se e conheça. Há uma presença capaz de “observar” o conteúdo da mente (conteúdo esse feito da mesma “substância” que qualquer objeto externo e grosseiro). A visão mental é uma ferramenta poderosa, porém insisto mais uma vez que não há necessidade de identificação da “essência” (consciência) com o conteúdo da mente. Nós não somos os pensamentos, sentimentos, emoções, medo e etc da mesma forma que não somos nossos carros, casas e etc. Somos muito mais. Quanto mais nos despertarmos para a realidade transcendente, mais plenos e felizes nos tornaremos. Quanto mais conseguirmos viver o momento atual e agora, mais plenos e felizes ficaremos. Equilibrar o interno com o externo é tarefa fundamental e urgente para o momento atual. Que o nosso comportamento possa refletir essa compreensão. Coerência. É isso! Abraços fraternos

Milton Moura

Cardiologista - Eletrofisiologista, Ativista Quântico e Facilitador Psych-K

Fonte:  Postado anteriormente por Sérgio Vencio no site: http://medicinaespiritual.blogspot.com.br/

Aranauam

Acupuntura de Chakras

É notável a semelhança entre a medicina tradicional chinesa e ayurveda. Logo de início se vê a semelhança entre os cinco elementos e a equivalência da circulação vaso governador - vaso concepção (Du mai – Ren mai) e os canais ida e pingala. A semelhança com a medicina dos humores grega, especialmente os 4 elementos e as duas forças Kaos & Kosmos) também não é fruto do acaso.

Muitas outras semelhanças ou aproximações como os conceitos de Nadis e Marmas, respectivamente comparáveis à pontos e canais ou meridianos podem ser registradas. A primeira vista, na perspectiva desse recorte artificial que a antropologia médica faz do real isso se deve (com exceção dos achados referentes à Grécia) à unidade da Ásia.

O Livro Tao e Dharma de Svoboda e Arnie Lade (ed Pensamento, 1998) explora as semelhanças e diferenças desses dois sistemas etnomédicos, seus autores comentam a acupuntura dos médicos tradicionais e tratadores de elefantes dessa ilha, quase indiana, que é o Sri Lanka (Ceilão), com influência chinesa, mas ressaltam que, embora as doutrinas chinesas e indianas partilhem temas comuns (destaca as semelhanças entre Chi e Prana), são essencialmente únicas, e seus conceitos não podem ser intercambiados na totalidade.

Gabriel Stux, em artigo publicado no Medical Acupuncture, 1994, estende a aplicação tradicional de acupuntura por incluir o sistema indiano de chakra para diagnose como também tratamento. Em acupuntura de chakra, aparte dos pontos de acupuntura selecionados conforme a tradição chinesa, pontos de chakra adicionais são agulhados na área dos sete centros de energia. Assim o chakras são ativados e o fluxo de energia é estimulado.

Segundo ele essa técnica é uma expansão como também uma complementação da prática de acupuntura chinesa tradicional. Tem a possibilidade de aprofundar acupuntura clássica incluindo o sistema indiano de chakra, que na medicina indiana são centros de energia. Sete principais centros de energia se localizam na linha média do corpo, do perineum para o crânio. Além destes, há algumas dúzias de centros de energia menores de importância secundários que na maioria dos casos também correspondem com o local de pontos de acupuntura. Os chakras, porém, de modo semelhante aos Órgãos Chineses, possuem funções específicas cujas alterações podem ser diagnosticadas e tratadas através dessa técnica.

ver: CHAKRA ACUPUNCTURE Medical Acupuncture, 1994 Volume6/ Nº1 http://www.medicalacupuncture.org

Fonte: Postado anteriormente por  Paulo Pedro no site: http://etnomedicina.blogspot.com.br/

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segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Mensagem Espírita – Sobre o Respeito a Todas as Religiões

Certa vez, Gautama Buda visitou uma pequena vila chamada Kesaputra, no reino de Kosala, cujos habitantes se chamavam Kalamas. Eles fizeram a seguinte pergunta ao Buda:
“Senhor, alguns anacoretas e brâmanes que passaram por nossa vila divulgaram e exaltaram suas próprias doutrinas e condenaram e desprezaram as doutrinas dos outros. Depois, passaram outros que também, por sua vez, divulgaram e exaltaram as suas doutrinas e também condenaram e desprezaram as doutrinas dos outros. Mas nós, Senhor, estamos sempre em dúvida e perplexos, sem saber qual desses veneráveis expôs a verdade e qual deles mentiu.”
Então o Buda respondeu:
“Sim, é justa a dúvida que sentis, pois ela se originou de um assunto duvidoso. Agora prestem atenção: não vos deixeis guiar pelas palavras dos outros, nem por tradições existentes, nem por rumores. Não vos deixeis guiar pela autoridade dos textos religiosos, nem por simples lógica ou dedução, nem por aparências, nem pelo prazer da especulação sobre opiniões, nem por verossimilhanças possíveis, nem por simples impressão ou pela idéia: ‘Ele é nosso mestre’. Mas, Kalamas, desde que souberdes e sentirdes, por vós mesmos, que certas coisas são desfavoráveis, falsas e ruins, então renunciai a elas.., e quando souberdes e sentirdes, por vós mesmos, que certas coisas são favoráveis e boas, então deveis aceitá-las e segui-las.”
Respondendo aos bhikkhus2 (monges) disse:
“Um discípulo deve examinar a questão mesmo quando o Tathagata (o próprio Buda) a propõe, pois o discípulo deve estar inteiramente convencido do valor real do seu ensinamento –Não acreditem no que o mestre diz simplesmente por respeito à personalidade dele.” (Anguttara-Nikaya III, 65)
Asoka, imperador da Índia no III século a. C., seguindo o nobre exemplo de tolerância e compreensão de Gautama Buda, honrou e sustentou todas as religiões do seu vasto império. Hoje ainda é legível a inscrição original de um de seus editos gravados na rocha:
“Não devemos honrar somente nossa religião, condenando as outras; devemos acima de tudo respeitar todas as crenças, pois sempre há algo a ser apreciado por esta ou aquela razão. Agindo desta forma, glorificamos nossa própria crença e prestamos serviço às demais. De outro modo, prejudicamos a nossa própria religião e fazemos mal à dos outros. Por conseguinte, que todos escutem e estejam dispostos a não se fecharem às doutrinas professadas pelos demais.”
Esse espírito de mútua compreensão deveria ser aplicado não somente em matéria de doutrina religiosa, mas também em assuntos nacionais, políticos, sociais e econômicos.
O Budismo se apresenta sob a forma de um sistema psicológico, moral e filosófico baseado na raiz dos fatos, que podem ser testados e verificados pela experiência pessoal, pois é racional e prático, isento de doutrinas esotéricas (ocultas).
O espírito de tolerância e compreensão foi sempre um dos ideais da cultura e civilização budista. A seu crédito deve ser dito que, durante um período pacífico de 2 500 anos, nenhuma gota de sangue foi derramada em nome do Budismo e nenhuma conversão jamais foi feita quer pela força, ou por qualquer outro método de repressão.

Ensinamentos de Buda

Postado por:  Danieli Costanti

Fonte:  http://valeindependente.wordpress.com/

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Razão de Viver


Muitas pessoas erguem-se pela manhã acreditando não existir qualquer sentido para despertarem.

Dormem sem nenhum objetivo e acordam do mesmo modo, transformando o dia-a-dia, em uma experiência insossa ou vazia.
Vagam pelas ruas, sem destino certo, à mercê do que lhes aconteça no curso do dia.
Levam uma vida sem direção, desvalorizando o tempo e a oportunidade de estarem reencarnados.
Deixam-se levar pelos “ventos do acaso”.
Não vêem significado em família, em amigos, nem em trabalho.
Quando se estabelece este estado d’alma, a pessoa corre o risco de ser tragada pelo aguaceiro das circunstâncias, sem quaisquer resistências morais para enfrentar as dificuldades.
Com certeza, não é o melhor modo de se viver.
É urgente que nos possamos sentir como peças importantes nas engrenagens da vida.
É necessário que tomemos gradual consciência quanto ao nosso exato papel frente às leis de Deus.
Seria muito belo se cada pessoa –principalmente as que não vêem sentido para a própria vida – resolvessem perguntar-se:
“O que posso fazer em prol do mundo onde estou? Para que, afinal, é que eu vivo? Para quem é que eu vivo?”
Dificilmente não achará respostas valiosas, caso esteja, de fato, imbuída da vontade de conferir um sentido para sua existência.
Cada um de nós, quando se encontra nas pelejas do mundo terreno, pode viver para atender, para cuidar de alguém ou de alguma coisa, dando valor às suas horas.
É importante dar sentido à vida.
É importante viver por algo ou por alguém.
Dedique-se a um ser que lhe seja querido, que lhe sensibilize a alma, e passe a viver em homenagem a ele, ou a eles, se forem vários.
Dedique-se a uma causa que lhe pareça significativa para o bem geral, e passe a viver em cooperação com ela.
Dedique-se a cuidar de plantas, de animais, do ambiente.
Apóie-se em algum projeto justo, desde que voltado para as fontes do bem, pois isso alimentará o seu íntimo.
Assim seus passos na terra não serão a esmo, ao azar.
Quando se encontram razões para viver, passa-se a respeitar e a honrar as bênçãos da existência terrestre.
Cada momento se converte em oportunidade valiosa para crescer e progredir.
A vida na terra não precisa ser um “campo de concentração” a impor-lhe tormentos a cada hora.
Se você quiser, ela será um jardim de flores ou um pomar de saborosos frutos, após a sementeira responsável e cuidadosa que você fizer.
Dedique-se a isso.
Empreste sentido e beleza a cada um dos seus dias terrenos.
Liberte-se desse amortecimento da alma que produz indiferença.
Sinta que, apesar de todos os problemas e dificuldades que se abatem sobre a humanidade, a chuva continua a beijar a face do mundo e um sol magnífico segue iluminando e garantindo a vida em todo lugar.
Isso porque, todos nós somos alvos da dedicação de Deus.
* * *
O tempo é uma dádiva que Deus nos oferece sem que o possamos reter.
Utilizá-lo de forma responsável e útil é dever que nos cabe a todos.
Dê sentido às suas horas, aos seus dias, e assim, por consequência, a toda a sua vida.
(Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no livro Para uso diário, capítulo 25, de J. Raul Teixeira, ditado pelo Espírito Joanes.)

Fonte:  http://espiritananet.blogspot.com.br/

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