terça-feira, 5 de novembro de 2013

Música & Religião


Viver sobre a face da Terra, esta maravilhosa obra de Deus, é ser agraciado com a oportunidade de adquirir experiências que nos conduzem a tantos e tão variados caminhos, percorridos nos diversos ciclos de vida humana. 
Uns tomam o caminho do mal, seguindo pelas sendas da aridez espiritual; outros seguem as veredas do Bem, do altruísmo, da filantropia, e ainda outros procuram a trajetória do Belo, cuja expressão máxima encontramos nas Artes, principalmente na Música. 
Segue-se a Ciência com seu desenrolar contínuo dos mistérios da Natureza. Entrelaçando Ciência e Música, e completando um trio inseparável, temos as belezas da Religião, que despertam a alma, preparando-a para sentir a Deus que se manifesta em todas as coisas. 
Nos antigos e áureos tempos da Grécia, a Religião, a Arte e a Ciência eram ensinadas juntas nos Templos. 
A verdadeira Religião encerra a Arte e a Ciência, porque desvenda as belezas da vida em harmonia com as leis da Natureza. 
A verdadeira Ciência é artística e religiosa, porque nos ensina, no mais elevado sentido, a compreendermos as leis que governam nosso bem viver e explica porque a vida religiosa, bem dirigida, conduz à saúde e à beleza. 
A verdadeira Arte é tão educacional quanto a Ciência, e sua influência tão aperfeiçoadora como a Religião. 
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Antigas representações de músicos egípcios

Revolvendo toda a documentação histórica, vemos que a Música empolga a humanidade desde as mais remotas civilizações da Terra. 
Ela é conhecida entre os egípcios desde 5.000 anos antes de nossa era, e veio se aperfeiçoando através de gerações e gerações, evoluindo sempre num constante dinamismo até nossos tempos. 
"Jubal, pai de todos os tocadores de harpa e flauta".
Primeira menção de instrumentos musicais encontrada na Bíblia. Gênesis, 4: 21.
 
Entre os antigos hebreus, a Música manifestou-se, a princípio, entre os pastores. O acaso fez com que um deles, soprando num canudinho de cálamo, percebesse que um som se produzia. Daí a aperfeiçoá-lo, dar-lhe vida, não foi difícil. 
Dos lábios dos pastores, a música passou aos dos chefes de família, aos dos sacerdotes que a executavam em todas as cerimônias de culto religioso ou, ainda, em homenagem a seus grandes guias. 
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A primeira alusão que faz a Bíblia à introdução de cânticos na vida pública encontra-se no Êxodo, quando Moisés e os filhos de Israel atravessaram o Mar Vermelho graças à intervenção Divina. Atravessaram-no e, como fervorosa prece de agradecimento, entoaram uma melodia com os dizeres:”Cantemos ao Senhor. Ele é soberanamente grande!” 
Na Índia, a Música exerce enorme fascinação e podemos encontrar, na História remota da música hindu, citações interessantes, mesmo lendárias. Conta-se que, por exemplo, Civa, o deus dos deuses, dizia: “Para mim, prefiro o canto e a música dos instrumentos às preces e banhos. Por onde ecoa o som puro dos cânticos e dos instrumentos, nada de impuro permanece”. 
Longo seria enumerar tantas civilizações antigas até que chegássemos a várias outras eras como a Idade Média, a era Contemporânea em que os cânticos religiosos tiveram maior expansão, e outras muitas, num crescente desenrolar até o modernismo. 
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Os cânticos são, pois, em todas as épocas, a expansão dos sentimentos, principalmente religiosos, dos povos da Terra. 
Pode-se, portanto, assegurar a estreita união da Música com a vida espiritual. Como seria árido o nosso viver se não tivéssemos a suavidade embaladora dos sons das vibrações superiores! 
Todo o Universo é Música, em tudo há Harmonia completa, há um concerto permanente, maravilhoso, cujo executante é nosso Criador! E quanto esplendor nos transmitem os humanos que conseguem captar as belezas sonoras do além, belezas que são um pálido reflexo da música das esferas!


A Música e o Espiritismo


MENSAGEM DE ROSSINI 
“A influência da música sobre a alma, sobre o seu progresso moral, é reconhecida por todo o mundo; mas a razão dessa influência é geralmente ignorada. Sua razão está inteiramente neste fato: que a harmonia coloca a alma sob a força de um sentimento que a desmaterializa. Este sentimento existe em um certo grau, mas onde esquece, por um instante, os grosseiros prazeres que prefere à divina harmonia.” 
“Oh! Sim, o Espiritismo terá influência sobre a música! Como isso seria de outro modo? Seu advento mudará a arte, depurando-a. Sua fonte é divina, sua força a conduzirá por toda a parte onde haja homens para a amar, para se elevar e para compreender. Tornar-se-á o ideal a e objetivo dos artistas. Pintores, escultores, compositores, poetas, pedir-lhe-ão as suas inspirações, e ele as fornecerá, por é rico, é inesgotável. O Espírito do maestro Rossini, numa nova existência, retornará para continuar a arte que considera como a primeira de todas; o Espiritismo será o seu símbolo e o inspirador de suas composições”. Rossini. 
(Rossini – Obras Póstumas – A Música Espírita) 

A MÚSICA EM O LIVRO DOS ESPÍRITOS 
“- Queres falar de vossa música? 
O que é ela diante da música celeste? Desta harmonia que nada sobre a Terra pode vos dar uma idéia? Uma é para a outra o que o canto do selvagem é para a suave melodia. Entretanto, os Espíritos vulgares podem experimentar um certo prazer em ouvir a vossa música, porque não são ainda capazes de compreender outra mais sublime. A música tem para os Espíritos encantos infinitos, em razão de suas qualidades sensitivas muito desenvolvidas. Refiro-me à música celeste, que é tudo o que a imaginação espiritual pode conceber de mais belo e de mais suave.” 
( O Livro dos Espíritos – questão 251) 

MÚSICA E EDUCAÇÃO 
O ritmo está presente na criança a partir de seu próprio organismo: o compasso das batidas do coração, o ritmo compassado do andar, o balançar dos braços, a seqüência interminável do dia e da noite, os horários das refeições, do descanso, tudo à sua volta fala que o universo está envolvido em ritmo harmonioso. 
A criança pequena não aprende por conceitos abstratos que falam ao cérebro, mas está mais aberta ao ritmo e ao sentimento que a música transmite. O ritmo e a harmonia da música auxiliam a sua harmonização interior. Assim, letras simples e objetivas, em ritmo harmonioso alcançarão o coração infantil de forma adequada. 
O elemento melódico da música, em harmonia com o ritmo, embala a própria alma, ativando os movimentos interiores do Espírito. A arte melódica-harmônica-rítmica da música atinge as profundezas da alma, transportando o ser espiritual para as esferas superiores da vida, através da inspiração superior, atingindo as vibrações do mundo espiritual elevado e nobre. 
A música representa elevada interação vertical com as esferas espirituais. Mediante essa vivência, em nível espiritual, o sentir e o querer se harmonizam, aprimorando o sentimento e o lado moral da vida. 

MÚSICA, VIBRAÇÃO E SINTONIA 
A música é vibração e pode estimular o Espírito, provando sensações de nível superior, permitindo vibrarmos em sintonia com esse algo superior, despertando a essência Divina que dorme em cada um de nós. Ao vibrar, sintonizamos com vibrações sutis que pululam no Universo. Podemos sentir vibrações que, por outros meios não sentiríamos, emoções novas brotam na alma, levando o Espírito a querer evoluir. A música representa, pois, elevada interação vertical com as esferas superiores da vida universal. 

Fontes: http://www.pedagogiaespirita.org/  

              http://paradigmaespirita.blogspot.com.br/
              http://www.christianrosenkreuz.org/

Aranauam

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